"Meu corpo é o lugar sem recurso ao qual estou condenado. Penso, afinal, que é contra ele e como que para apagá-lo que fizemos nascer todas as utopias. A que se deve o prestígio da utopia, a beleza, o deslumbramento da utopia? A utopia é um lugar fora de todos os lugares, mas um lugar onde eu teria um corpo sem corpo, um corpo que seria belo, límpido, transparente, luminoso, veloz, colossal na sua potência, infinito na sua duração, solto, invisível, protegido, sempre transfigurado; pode bem ser que a utopia primeira, a mais inextirpável no coração dos homens, consista precisamente na utopia de um corpo incorporal."
-- Michel Foucault
In: O corpo utópico, As heterotopias
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Este ensaio foi realizado pelo processo de fotografia on-line: videochamadas refotografadas com câmera digital. Todos os efeitos foram criados diretamente na câmera, e as imagens capturadas passaram por um processo de colorização por inteligência artificial.
Modelos: Luciany, Crislaine, Angela, Vicky, Lady Moon e Isa
Photography: art, design & communication:
Laboratório dedicado ao estudo da tecnologia fotográfica nos processos de subjetivação da modernidade; considerando histórias, teorias e críticas presentes na criação da imagem. Examina as questões de visibilidade, espaço, tempo e luz. Observa, a partir de Foucault, o contexto da cultura visual nas dimensões do Saber, do Poder e do Sujeito.